A arte de integrar esportes e deficientes
Diário do Comércio
Ainda nem havia iniciado suas atividades e a ONG Atitude Paradesportiva já recebia elogios em seu blog: "show de bola (...) vou ver se posso ir", postou um internauta anônimo, referindo-se ao primeiro encontro do projeto, em em meados deste mês. Foram mais de seis meses de preparação para levar adiante o sonho de um grupo de educadores físicos, fisioterapeutas e outros profissionais, todos com larga vivência na arte de integrar esportes e pessoas com deficiências.
"A proposta do trabalho é oferecer atividades esportivas adaptadas ao maior número possível de deficientes, proporcionando saúde, convivência e inclusão social", resumiu Eduardo Santarelli, de 30 anos, professor de educação física especializado em reabilitação. Ele é um dos sete fundadores da Atitude Paradesportiva (AP).
Começo - Lançada oficialmente em 20 de fevereiro, a ONG iniciou suas atividades dia 13 deste mês na quadra de esportes do Colégio Global, na Vila Pompéia, zona oeste de São Paulo. É nesta entidade parceira que, aos sábados, a ONG vai desenvolver suas atividades. No primeiro encontro aconteceu uma descontraída apresentação e uma dinâmica de grupo entre os doze que compareceram, de um total de 40 inscritos. Pais também puderam participar.
No primeiro dia, alguns deficientes jogaram basquete e outros foram conhecer a piscina. Além destes esportes, o programa da AP vai oferecer outras modalidades, como vôlei, handebol, rúgbi, ginástica artística, dança e atletismo, além de atividades culturais.
Foto: Patrícia Cruz/Luz
Pequeno atleta: João Lucas Dutra Takaki, de 7 anos, joga basquete há dois anos e faz natação desde bebê. Ele sofreu lesão medular.
Desde bebê – Entre os jogadores estava João Lucas Dutra Takaki, de 7 anos. Filho da advogada Adriana Dutra, de 34 anos, a presidente da instituição, ele adora esportes e é cadeirante por causa de lesão medular. O pequeno atleta joga basquete há dois anos e faz natação desde bebê. "Não sou o mascote porque chegou uma menina de cinco anos aqui", disse João.
"O esporte é fundamental para os deficientes desenvolverem suas habilidades. Ainda não temos uma estrutura completa, mas na Atitude todos irão participar ativamente da formação e expansão da ONG, dando sugestões e moldando o seu perfil", salientou Adriana.
Foto: Patrícia Cruz/Luz
"Gostei muito da proposta e quero pegar firme no basquete, que não jogo por falta de oportunidades", disse Adriano Tenório de Almeida , atleta cadeirante.
Esporte e lazer - Sem desânimo, o técnico de informática Adriano Tenório de Almeida, de 30 anos, teve de utilizar três conduções para chegar ao projeto. O rapaz é cadeirante desde os 15 anos por conta da lesão medular. "Gostei muito da proposta da ONG e quero pegar firme no basquete, que não jogo há muito tempo somente por falta de oportunidades", disse. Adriano foi convidado a integrar a equipe por meio de um blog. "Aqui será também uma opção de lazer", afirmou, enquanto jogava basquete com outros deficientes.
Foto: Patrícia Cruz/Luz
Fernanda Menezes Fernandes, de 29 anos, é professora de educação física.
Sem limite – A professora de educação física , Fernanda Menezes Fernandes, de 29 anos, que acompanhava os deficientes, disse que a AP funcionará também como um laboratório de ideias. "Queremos que o usuário vivencie um pouco de cada esporte, até decidir para qual vai se dedicar. E não há limite de idade", disse.
Foto: Patrícia Cruz/Luz
Bruno Gebra Boleta, de 19 anos, e a mãe, Lilian.
O seu aluno, Bruno Gebra Boleta, de 19 anos, ficou feliz com a piscina. Ele é portador da síndrome Cornelia de Lange e já havia sido acompanhado por ela em outra instituição. "O meu filho é tranqüilo e gosta de água, mas não de mudanças. Sei que a convivência será o maior benefício para o Bruno", disse a mãe, Lilian Cristina Gebra, de 45 anos.
Foto: Patrícia Cruz/Luz
Eduardo Santarelli, um dos fundadores, trabalha com reabilitação.
Expectativas - A nova ONG ainda não tem patrocinador, mas é mantida por 12 colaboradores diretos, entre professores, atendidos e amigos. Eles fizeram as camisetas da AP, que já estão à venda. Para iniciar as atividades, a instituição recebeu a doação de cinco cadeiras de rodas. "Como a ONG surgiu de uma conscientização necessária para promover saúde e qualidade de vida aos deficientes pelo esporte, acredito que logo vamos conquistar patrocinadores", afirmou Eduardo, que há seis anos trabalha com reabilitação e integração social de deficientes.
Segundo ele, a missão da AP vai ainda mais longe. "A ideia é descobrir novos atletas e prepará-los para os jogos paraolímpicos". O grupo já articula ações com esse objetivo e pretende, futuramente, implantar núcleos da ONG em outras regiões da cidade. Eduardo disse ainda que no Brasil mais de 11 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência física. "Esperamos contribuir também com a formação de futuros profissionais da área da reabilitação e outras especializações. Aqui, a superação será a palavra chave", finalizou.
Diário do Comércio
Parabéns pessoal!!!!!
ResponderExcluirLinda matéria!!
Estamos no caminho certo, essa matéria veio para coroar o nosso trabalho.
Agradeço muito a todos que estão nos ajudando a trilhar esse caminho tão maravilhoso.
Rumo ao Rio 2016!!!
Alunos a chance está em nossas mãos, agora é só trabalhar muito, ter Atitude que nós chegaremos lá....
Bjsssss
Podem esperar que ainda virão muitas matérias sobre nós.
ResponderExcluirNossa proposta e fazer tudo muito amor e dedicação e com essa fórmula é muito difícil dar errado.
Nós estamos aprendendo com nossos alunos é uma troca muito boa e prazerosa.
Esperamos que todos os que participam do projeto sintam a mesma energia.
Venha fazer parte dessa família de ATITUDE!!!!
Parabéns para toda a galera que está lutando e tornando esta ONG possível...
ResponderExcluirComo é bom saber que existem pessoas que querem ajudar a gente com algum tipo de deficiencia a entrar no mundo desportivo!
Como gostaria de estar junto com voces...
Dou a maior força e coragem para nunca desistirem dos vossos objectivos!
Tudo é possível, basta querer...
Beijinhos e tudo de bom para voces!
Parabéns para toda a galera que está na luta.
ResponderExcluirIsso msm pessoal parabéns pela atitude e com muita força e garra chegaremos lá uhuhu.
ResponderExcluirbeijos
Estou muito feliz!!! Estamos começando a alcançar alguns objetivos e sonhos. Obrigada a todos pela ATITUDE!
ResponderExcluirAgradecemos ao jornal Diário do Comércio por nos pretigiar.
ResponderExcluirEstamos muito felizes pelo trabalho, e juntamente com nossos colaboradores e claro nossos alunos vamos crescer essa FAMÍLIA chamada ATITUDE PARADESPORTIVA.
bjs a todos
Parabéns!! Atitude Paradesportiva é ação social transformadora. É a sociedade civil se organizando em torno de objetivos humanos.
ResponderExcluirParabéns!!!`Uma garnde caminhada começa com pequenos passos.
ResponderExcluirBeijos
Família, esta é nossa primeira conquista de muitas que virão.
ResponderExcluirParabéns a todos.
Gd bj.
Os meus sábados já não são mais os mesmos, depois dessa Atitude, abraços...
ResponderExcluirParabéns à todos os colaboradores e, em especial, ao meu bom e velho amigo, Arcírio Abrantes. Parceiro de faculdade e da vida que, desde o início da nossa jornada acadêmica se empenhou e abraçou a causa paradesportiva, com seriedade e comprometimento.
ResponderExcluirQue Deus ilumine e abençõe essa empreitada, e que a mesma possa proprocionar muita alegria e qualidade de vida à todos(as) envolvidos(as).
Adorei todas as pessoas que conheci lá, não vejo a hora do Bruno começar a natação e fazermos parte dessa grande familia paradesportiva que deus abençoe a todos os colaboradores por doarem parte do seu tempo e trabalho para ajudar as pessoas portadores de deficiencia , muito obrigada
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